Seja minha vida o padrão naquilo que eu falar e no procedimento, o exemplo à todos levar.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Islamização da Europa. Pode o mesmo acontecer no Brasil?


Fonte: - http://infielatento.blogspot.com.br/

O que vem motivando as elites do Ocidente a abrirem os portões para um tipo muito particular de imigrante? Não existe imigração em massa de Hindus, por exemplo. 

Porque a islamização da Europa (e do Ocidente, em geral) não é tratada pela imprensa como a história do século? Exatamente, como esta influência é exercida? Quem está puxando as cordas das marionetes?

O artigo intitulado “A morte da Europa que eu amo”, escrito por Janer Cristaldo e recentemente publicado na Folha de São Paulo online [1], incitou um debate sobre uma eventual islamização da Europa. As coisas são tão ruins como o autor apregoa? Ou é tudo exagero? No meu entender, a situação é pior do que se aparenta, e o processo, mantendo-se as condições atuais, é irreversível.


Como eu defendo a tese de que, sim, está ocorrendo uma islamização da Europa, eu irei discutir, os motivos que levaram à situação que se vive hoje. Eu não tenho a pretenção de esgotar o assunto. Espero, porém, que esta discussão sirva como uma base para que você possa ficar mais atento ao problema, buscar mais informações, discutir isso com os seus amigos, e não deixar que o mesmo aconteça no Brasil.

O que é islamização? Processo no qual uma cultura nativa é substituida pelos preceitos islâmicos como estabelecidos pela lei islâmica (Sharia). Existem exemplos históricos recentes [2].

A Europa está mesmo se islamizando?

Existem alguns indícios bastantes claros que a Europa está se tornando mais e mais islâmica. Mas primeiro, vamos definir o que significa islamização. Que tal usarmos a definição da Irmandade Muçulmana?

... uma espécie de grande Jihad buscando a eliminação e destruição da civilização ocidental por dentro, sabotando a  sua casa miserável por suas próprias mãos e pelas mãos dos crentes [muçulmanos] para que ela [civilização ocidental] seja eliminada e religião de Alá seja feita vitoriosa sobre todas as outras religiões [2]

Nas minhas palavras, islamização é o processo através do qual uma cultura nativa é substituida pelos preceitos islâmicos como estabelecidos pela lei islâmica (Sharia).

Como medir a islamização?

Para medir a islamização precisamos de algumas métricas para poder medi-la. Vamos usar duas métricas: o crescimento demográfico e as consequências deste crescimento.

Com respeito ao crescimento demográfico, que tal tomarmos algum ano no passado como base (segundo a disponiblidade de dados estatísticos) e comparar o que está acontecendo hoje com o que aconteceu nas últimas décadas? Esta métrica irá nos indicar o quanto o islamismo avançou na Europa.

A Europa, nos últimos 600 anos, foi um continente de onde correntes migratórias se originaram. Ainda após duas grandes guerras, quando milhões de europeus foram mortos, migração para a Europa era mínima. A corrente migratória começou nos anos 1960 e se acelerou nos anos 1990. A maior fonte de imigrantes é do norte da África e Oriente Médio.

A figura abaixo mostra os percentuais populacionais em 1990, 2010 e projeção para 2030 a partir de estudos do Pew Center [4] para os países europeus geralmente referidos como Europa Ocidental. É sobre esses países que os tentáculos da Comunidade Européia se fazem sentir a mais tempo (e, como conseguinte, onde ocorre a islamização mais acelerada). Os demais países europeus são aqueles formados pelos países da antiga cortina-de-ferro, que neste caso acabou sendo algo positivo: os isolou por algum tempo do que acontecia na Europa ocidental. Um caso particularmente interessante são os  os países da antiga Iugoslávia. A maioria deles foi vítima do imperialismo turco-otomano dos séculos 14, 15, 16, 17, 18 e 19, que fez tremendo estrago sentido até hoje. Neste grupo, chama-se a atenção ao enclave islâmico da Albânia, e a Kosovo, o mais novo enclave islâmico tornado possível graças à intervenção dos EUA e da OTAN em favor dos muçulmanos, no final da década de 1990.

Neste artigo vamos nos focar na Europa Ocidental (nós iremos tratar do problema demográfico da Europa em um outro artigo link).

Em primeiro lugar, o que se nota é um acelerado crescimento da população muçulmana: repare como os percentuais de crescimento populacional aumentam rápido. Isto se dá por dois motivos: imigração contínua e maior taxa de natalidade. A imigração contínua e acelerada acontece por diversos motivos, neles incluindo-se novos imigrantes, reunificação familiar, casamentos com parentes que moram em países islâmicos, estudantes recrutados e financiados pelas universidades européias, e refugiados. A questão da taxa de natalidade é simples: os nativos europeus em média têm menos filhos que os muçulmanos. Além disso, existe a prática da poligamia islâmica que tem sido de certo modo incentivada através de assistência social, os casamentos entre homens muçulmanos e mulheres não-muçulmanas (os filhos destes enlaces são muçulmanos), bem como a questão dos casamentos entre mulheres muçulmanas e homens não-muçulmanos: tais casamentos acontecem apenas se o homem se converter para o islão. Iremos discutir estes fatores mais tarde.

Em segundo lugar, os percentuais podem parecer pequenos. Porém, os números de muçulmanos já é o bastante para que eles exijam que a sociedade européia aceite ou mesmo adapte os estilo de vida nativo ao estilo de vida dos muçulmanos. Como consequência, criam-se sociedades paralelas, e, cada vez mais, antagônicas. E para piorar, existe a complacência ou mesmo a cooperação por parte das elites européias que não fazem cerimônia em gerar mecanismos legais que protejam e incentivem as práticas islâmicas antagônicas. Em alguns países, como na França, o número de muçulmanos já é suficiente para decidir uma eleição.

Figura - Crescimento populacional dos muçulmanos na Europa Ocidental


Algo que precisa ser dito é que não se sabe qual a incerteza associada aos dados estatísticos atuais e às projeções para 2030. Os números fornecem apenas uma fotografia da realidade, não se sabendo o quão acurados eles são: eles podem ser maiores ou menores. Será que as projeções levam em conta o maior número de nascimentos de muçulmanos do que de nativos europeus? (Maomé é o nome mais popular dentre os recém-nascidos na Inglaterra e País de Gales desde 2007) [5] Será que as projeções levam em conta o envelhecimento da população nativa européia?

Considere os fatos: Durante as próximas duas décadas mais de 250 milhões de europeus vão estar passando pela barreira dos 60 anos, apoiados pelo suporte financeiro do sistema de saúde governamental. Como esses "idosos" constituem mais de 1/3 da população européia, a aritmética simplesmente não funciona. Um trabalho acadêmico, escrito já a alguns anos, " Envelhecimento e Sustentabilidade Fiscal na Europa", pelo Dr. Werner Roger, apresenta o problema deforma simples e clara, "Um aumento da dependência dos idosos entre agora e 2050 implica que ou os benefícios (em relação aos salários) devem cair ou que as contribuições devem subir." [6]

E de que regiões do mundo virão os contingentes populacionais necessários para rejuvenecer a envelhecida população nativa européia?

Deve ser dito que nem todos os muçulmanos desejam a Sharia. Existem muitos muçulmanos culturais ou seculares. Mas eles não têm voz, prestígio ou impacto algum sobre a massa muçulmana. 


Trem em Londres. Segundo o Alcorão, a mulher da direita vai queimar no fogo do inferno. Segundo a lei islâmica, a mesma mulher deve ser punida, ainda em vida, por não se cobrir (mesmo não sendo muçulmana)

Como medir o impacto da islamização?

O crescimento demográfico por sí só não justifica a islamização. Ele, porém, oferece uma maior massa muçulmana que deseja a sharia. Além disso, a distribuição da população muçulmana não é uniforme. Ao contrário, ela acaba se agrupando em “guetos islâmicos” (as “zonas proibidas”) onde os muçulmanos se tornam uma maioria crescente e onde a sharia é implementada passo-a-passo [7]:

Inglaterra, Suécia, Alemanha, França, Itália, Países Baixos - em cada país europeu com uma população muçulmana de imigrantes, a história é a mesma: supremacistas islâmicos se recusam a se assimilar dentro do caldeirão cultural do Ocidente. Em vez disso, eles estabelecem um ponto de apoio em um bairro, e depois, por meio de intimidação ou violência pura e simples, empurram para fora os infiéis cujos valores seculares não são mais aceitáveis​​. Mesmo os serviços públicos, como a polícia, bombeiros e ambulâncias, são muitas vezes expulsos de bairros em baixo de pedras, garrafas ou balas. Falta a vontade política e cultural para afirmar o controle em áreas que, em alguns casos, se tornaram zonas de guerra urbana. As autoridades simplesmente se retiraram e as abandonaram.

Na Grã-Bretanha, onde já existem 85 tribunais da Sharia em operação, um grupo islâmico chamado “Muçulmanos contra as Cruzadas” lançou uma ambiciosa campanha para transformar 12 cidades britânicas em estados independentes islâmicos, incluindo Birmingham, Leeds, Liverpool, Manchester, e, o que o grupo chama de "Londonistão." No bairro do Tower Hamlets, na zona leste de Londres – ou como os muçulmanos a chamam, "a República islâmica do Tower Hamlets" - imãs conhecidos como  os "talibãs de Tower Hamlets" ameaçam com morte mulheres sem véu, e os gays são atacados por gangues de jovens muçulmanos. O bairro tem sido inundado de folhetos anunciando: "Você está entrando em uma zona controlada pela Sharia. Regras islâmicas são aplicadas." Foi no leste de Londres, lembre-se, que o islamita Abu Izzadeen desafiou o ex-secretário do Interior, John Reid, dizendo:" Como você se atreve a vir para uma área muçulmana?”

A França tem 751 “zonas urbanas sensíveis,” onde vivem 5 milhões de muçulmanos ... O governo holandês divulgou uma lista das 40 “zonas proibídas” na Holanda. Em Bruxelas, na Bélgica, que é 20% muçulmana, os carros de polícia andam em dupla, de modo a um proteger o outro ... Na Suécia, grandes pedaços da  cidade de Malmö, que tem 25% de muçulmanos, é composta por “zonas proibidas” ... Na Itália, muçulmanos ameaçam queimar a Catedral de    São Petrônio de Bolonha por ter um afresco com Maomé sob tormento no inferno.


Propaganda do “Projeto do Emirado Islâmico do Reino Unido.” O projeto clama pelo fim das leis feitas pelos homes, e o começo da lei islâmica (Sharia).” Várias cidades inglesas são mostradas no mapa, com destaque para a capital do Emirado, “Londonistão.” 


O mujahid (guerreiro sagrado) mostra um cartaz que prediz o futuro da Grã Bretanha

Esta massa muçulmana exige respeito aos preceitos islâmicos, sem darem nada em troca. E eles são atendidos. Cada acomodação que os não-muçulmanos fazem para os muçulmanos move a nossa cultura, as nossas crenças e os nossos sistemas jurídicos cada vez mais perto da Sharia.


É difícil de acreditar, mas as leis europeias estão, vagarosamente, dando lugar à lei islâmica. A pressão muçulmana continua a provocar rachaduras nos alicerces da Europa, e, através destas rachaduras, e lei islâmica continua o seu caminho. Por exemplo, em toda a Europa, o direito à liberdade de expressão está dando lugar aos limites impostos pela Sharia sobre a liberdade de expressão [8]. Bélgica, Alemanha e Grã-Bretanha oferecem benefícios para esposas em casamentos polígamos mesmo sendo a poligamia ilegal [9]. A Comunidade Europeia aceitou a pressão de grupos islâmicos e retirou legislação que obriga a identificação da origem do abate do gado, levando ao crescimento do mercado de carne halal, abatida segundo os preceitos islâmicos (ou seja, gado abatido sem ser atordoado antes do abate e da sangria). Como é mais econômico para os grandes abatedouros promoverem apenas um tipo de abate, a carne halal está se tornando o principal tipo de carne (nos supermercados, restaurantes, escolas) sem existirem alternativas ou até mesmo indicação do tipo de abate impedindo que os europeus escolham a origem da sua carne [10]. Na França, os professores são aconselhados a evitar autores considerados ofensivos aos muçulmanos, incluindo Voltaire. A história do Holocausto pode, em muitos casos, não ser ensinada por para não ferir a  sensibilidade muçulmana [11,12].



França está permitindo que os muçulmanos governem partes do seu país (as “no-go-zones” mencionadas acima). Desde 2008, a Grã-Bretanha permite que tribunais islâmicos operarem dentro de suas fronteiras [13], sendo que em um ano o número de tribunais islâmicos já era 85 [14]. A Grã-Bretanha permite tratamento injusto das mulheres muçulmanas através das cortes islâmicas em operação [15,16]. Médicos e enfermeiras muçulmanas na Grã-Bretanha podem optar em não seguir as mesmas regras de limpeza que os demais servidores nos hospitais da Grã-Bretanha [17]. A Grã-Bretanha conscientemente tolera o crime de sedição se cometido por muçulmanos [18]. Nestes e em muitos, muitos outros modos [19], as leis, os valores e princípios da civilização ocidental estão dando lugar lentamente, mas certamente a pressão islâmica incessante. Cada concessão resulta no estabelecimento de um novo aspecto da lei islâmica. 

Um comentário do leitor de um artigo online retrata bem a questão. Este leitor escreveu “Eu viví no mundo árabe por 8 anos, e posso dizer que ... eles podem ser educados com você, mas nos seus corações você não passa de um infiél, que irá ser escravizado pelo islão cedo ou tarde. Eles esperam tolerância no seu país para a religião deles, mas oferecem tolerância nenhuma para a sua religião.”


A Mesquita de Roma é a maior da Europa. Não existe problema em existirem mesquitas na Europa. O problema é não existir reciprocidade: que tal uma catedral em Meca?  

O que provoca o processo de islamização da Europa que presenciamos?

Existem diversas causas que conduzem ao atual processo de islamização da Europa, no meu entender, um processo irreversível. Estes fatores são predominantemente geopolíticos e culturais, e são discutidos abaixo.

Fator Geopolítico: (a) Eurábia

A transformação da Europa em Eurábia é o resultado de uma estratégia, deliberada e suicida, posta em movimento por gaullistas franceses, iniciada na década de 70, que queriam criar um contrapeso europeu-árabe contra os Estados Unidos. Ela se desenvolveu dentro do  Euro-Arab dialogue [20]. Foi dentro deste diálogo que se iniciou a massiva imigração muçulmana para a Europa. Hoje, a União Europeia continua esta política, que almeja criar um continente mediterrâneo unificado baseado em uma simbiose entre as margens norte e sul do Mar Mediterrâneo. A ampliação da União Européia, incorporando países da Europa Oriental, tornou os países árabes preocupados de que haveriam menos fundos europeus disponíveis para os países do Magrebe. Eles fizeram a Europa prometer que o financiamento para os países da costa sul do Mediterrâneo não iriam diminuir, do mesmo modo que a imigração oriunda dos países árabes não seria interrompida em favor da imigração da Europa Oriental. Esta é a verdadeira razão pela qual osencanadores poloneses” não são bem vindos, enquanto que as pessoas do Magrebe continuam a afluir para a Europa. Imigração é parte da estratégia, que tem a ambição de criar um novo conceito civilizacional baseado no multiculturalismo, na dissolução das características típica das pessoas comuns.

O termo Eurábia não é uma ficção, mas sim o nome de uma publicação editada e distribuida pela Organização de Cooperação Mediterrânea nos anos 70. Este termo é também o título de um livro que discute este assunto [21].

Fator Geopolítico: (b) a Comunidade Européia

A Comunidade Européia tornou-se uma grande  promotora da islamização, por exemplo, se curvando a pressões, como a da Organização da Conferência Islamica (IOC) [22], que busca banir a crítica ao islã e a lei islâmica, ou aceitando vagarosamente as crescents demanadas dos muçulmanos mais radicais (em outras palavras, adaptando a lei européia à Sharia).

Fatores culturais: (a) A negação do cristianismo como a fundação da Europa 

Vive-se hoje um acelerado processo de secularização das sociedades ocidentais. Esta secularização, seja consequência do processo histórico europeu que levou à separação entre igreja e estado, seja consequência do ódio ao cristianismo oriundo do marxismo, em sí não é um mal. O que é mal é que no bojo do processo de secularização das sociedades ocidentais existe um esforço de se redefinir um padrão civilizatório construido ao longo dos séculos, baseado nas culturas greco-romana e judáico-cristã, para algo que não têm base alguma. Isso não significa que todos nós devemos ser cristãos, mas apenas que reconheçamos o cristianismo como um alicerce cultural e como um ponto de referência.

O secularismo que devemos aprovar se opõe a teocracia, a submissão do Estado às hierarquias eclesiásticas, e a interferência de igrejas com decisões democráticas. O secularismo não deve se opor a religião, e nem tratar o cristianismo como um conto de fadas dos sem intelecto.  

Mas o secularismo de hoje é diferente. A cultura secular da Europa de hoje é primordialmente anti-cristã. Mas, apesar da Europa ser agressiva contra os princípios cristãos, ela tolera a cultura islâmica ortodoxa. Com isso, a Europa rejeita as suas próprias raízes, e destrói os seus próprios alicerces, sem os quais ela não tem como se defender contra um inimigo que não sofre crise de identidade, que é assertivo, que não é prejudicado por culpa cultural ou vive se questionando, e que não hesita em afirmar a sua superioridade religiosa.

Um exemplo claro é o da BBC, de Londres, que, conforme recentemente declarado por seu director, Mark Thompson, jamais zombaria de Maomé ou do islamismo como zomba de Jesus e do cristianismo [23]. 



Fatores culturais: (b) Materialismo

O secularismo exarcebado leva ao materialismo. Deixa de existir sentido na vida exceto a ‘satisfação do momento’, que por sua vez retira o sentido da vida. Isso me faz lembrar o que escreveu Victor Frankl, um sobrevivente do Holocausto [24]. Franlk aprendeu, sob o tormento de Auschwitz, que o que dá a um indivíduo a força para sofrer é a crença que a vida tem um significado. Isto é igualmente verdadeiro para sociedades, que são formadas por indivíduos.

Fatores culturais: (c) Multiculturalismo (todas as culturas têm o mesmo valor)

“Conhece-se o valor da árvore pelos seu frutos” (Mateus 12:33).

O multiculturalismo em sí não é algo ruim. A idéia de que culturas diferentes podem viver lado-a-lado, coexistindo pacificamente, usufruindo de um ambiente culturalmente mais rico, é algo positivo. Países de imigrantes, como o Brasil, Estados Unidos e Canadá, têm sofrido de um processo natural no qual uma cultura majoritária se formou, como consequência da mistura de diversas culturas. O mesmo não acontecia na Europa, que era composta por países de emigrantes. Mas, conforme visto anteriormente, na década de 70, começam as correntes migratórias para os países europeus. Na mesma época, surge uma política oficial de multiculturalismo, sendo criadas burocracias para apoiar e gerenciar a sua implementação. Estas estruturas burocráticas crescem, satisfazendo a máxima “a burocracia cresce para satisfazer as exigências e necessidades da burocracia crescente.” Mas não apenas isso, o multiculturalismo oficial cria mecanismos de auto-defesa, sendo que aqueles que o criticam ou questionam passam a serem tachados de racistas ou mesmos processados judicialmente (por exemplo, Oriana Fallaci na Itália, Brigit Bartod na França, Ezra Levant e Mark Stein no Canadá, Gert Wilders na Holanda, Elisabeth Sabaditsch-Wolf na Áustria, ... a lista é enorme, porém assunto tabu na imprensa internacional – cala-se a oposição sem se fazer ruído).  

O multiculturalismo pode algo bom. Mas o multiculturalismo cego cria a problemas. 

O que falta no multiculturalismo cego é: reciprocidade. É ótimo tolerar outras religiões ou outros costumes étnicos se as pessoas que seguem estas outras religiões e costumes também toleram aqueles dos países que os recebem. Tolerá-los quando isto não acontece é um abuso auto-infligido. É suicídio cultural tolerar uma religião ou cultura que tenta ativamente minar ou destruir as outras.

É um crime contra os valores humanistas deixar que nossos valores  sejam tirados (uma pequena concessão de cada vez) por uma cultura menos tolerante, simplesmente porque a cultura menos tolerante é mais insistente, agressiva e implacável.

Por exemplo, para satisfazer os interesses do multiculturalismo, algumas escolas na Europa insistem que os seus alunos pratiquem o islã. 





O subproduto de décadas de políticas multiculturais na Europa têm incentivado os imigrantes muçulmanos a criarem sociedades paralelas e permanecerem segregados, em vez de se integrarem às nações europeias que os acolheram.

A tolerância não modera os radicais. Para os radicais, tolerância é uma mostra de fraqueza, e algo que os motiva. 


Esta charge mostra de modo cômico um fato triste: o multiculturalismo europeu, como em seu estado presente, está pavimentando a islamização do continente

Fatores culturais: (d) Relativismo moral e sentimento de culpa pós-colonial

Ao perder os seus alicerces culturais (greco-romano e judáico-cristão), e se mergulhar no materialismo, a cultura ocidental perdeu o senso de absoluto, ou seja, tudo passa a ser justificável dentro de certo contexto. Como consequência, certos comportamentos que não seriam aceitos, passam a serem tolerados.  

O Relativismo Moral é o irmão gêmeo do Multiculturalismo, 
no qual as pessoas aceitam a ação de um grupo particular
baseados em crenças que seriam, de outro modo, condenadas.”
-- Salman Rushdie

Alie-se a isso o sentimento de culpa pós-colonial dos Europeus. Existe uma suposição que permeia a Europa, inclusive o seu sistema educacional, de que os europeus atuais são culpados por comportamentos pouco louváveis de outros europeus perpetuados no passado. Ninguém diz isso explicitamente, mas é uma suposição tácita básica entranhada no coração de uma grande percentagem de pessoas de ascendência européia. É um pressuposto tão difundido, ainda que quase nunca mencionado em voz alta, que embasa muito do que é falado e feito. Esta culpa é uma grande fraqueza que os muçulmanos ortodoxos exploram de forma agressiva. Por exemplo, quando a associação de alunos muçulmanos pede para o administrador de uma universidade européia abrir uma sala de oração para eles o pedido é aceito, afinal os seus antepassados foram tão malvados com outras culturas e ele tem este desejo arraigado de limpar a sua “culpa”. Mas,  se um grupo de protestantes ou de seguidores da cientologia pedir para o mesmo administrador para abrir uma sala de oração para eles o pedido é negado na hora porque eles (os protestantes ou os cientólogos) são tomados como membros do grupo que se beneficiou da colonização. Deste modo, o sentimento de culpa pós-colonial permite que concessões à Sharia sejam feitas. E a cada concessão, a Sharia se torna mais presente.

Observação: o mesmo fenômeno ocorre nos EUA e no Canadá com outro nome: culpa do homem branco.

Fatores culturais: (e) Silenciar a crítica

Os fatores culturais que foram apresentados como facilitadores da islamização da Europa, não são compartilhados por todos os europeus. Contudo, estes são os princípios que regem as elites européias, os principais partidos politicos, os burocratas da Comunidade Européia e a grande imprensa. O pior é que estes “fatores culturais” são forçados goela abaixo da população native européia dentro da “doutrina” do politicamente correto. Quem vai contra estes princípios corre o risco de se ver perante tribunais de justiça.

Por exemplo, para os cristãos, é politicamente incorreto levar a palavra de Deus aos outros, principalmente se os outros forem muçulmanos (mas o inverso não é politicamente incorreto).

Vejamos um exemplo recente (dezembro de 2012). O pastor estadunidense Terry Jones, em colaboração com o ex-muçulmano paquistanês, e refugiado na Espanha, Imran Firasat (autor do blog Mundo sin Islam), lançou um filme na Internet intitulado The Innocent Prophet (o profeta inocente), que conta a vida de Maomé [25]. Este fato não provocou a ira dos muçulmanos, mas sim a ira dos governos europeus: (1) o governo espanhol revogou o asilo de Imran Firasat e pretende deportá-lo da Espanha. Como apóstata do islã, de volta ao Paquistão, Imran vai ser processado e certamente condenado à morte [26]. (2) Já o pastor Terry Jones foi proibido de viajar para qualquer país europeu que pertença ao Acordo de Schengen (que inclui Alemanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Portugal, Itália, Grécia, Áustria, Dinamarca, Finlândia, República Checa, Eslováquia, Suécia, Noruega, Lituânia, Hungria, Polónia, Eslovénia, Estónia, Letónia, Islândia, Holanda e Malta) [27] . Ou seja, ao invés de proteger as liberdades democráticas, os governos europeus agora estão impondo a lei islâmica unilateralmente (mesmo indo contra as suas próprias constituições). 


Quem financia a islamização?

Iremos aqui desconsider o apoio que governos europeus oferecem em nome do “estado do bem-estar socal”, financiando a poligamia, e até mesmo ajudando terroristas (como o casos recente do braço-direito de Bin Laden, Abu Qatada, que recebe um milhão de libras esterlinas do governo Britânico [28, 29]). Vamos tratar das fontes de financiamento da islamização. Existem três fontes de financiamento da islamização que o mundo presencia hoje. O financiamento vem da Arábia Saudita, da Turquia e do Irã, e o maior grupo em operação é a irmandade muçulmana.

A Arábia Saudita, que tem em sua constituição o dever de espalhar o islã no mundo, tem investido maciçamente na construção de mesquitas e madrassas em qualquer lugar (mesmo quando a população muçulmana não justifique a construção, inclusive no Brasil). Os sauditas têm também financiado a criação de centros de estudos islâmicos em universidades na Europa, Canadá e Estados Unidos, impondo, como condição do financiamento, os tipos de estudos, e os especialistas que os realizam, bem como influenciar o currículo nas escolas. Estes centros se tornam em centros de propaganda. A Arábia Saudita está igualmente dedicada a comprar cada vez maiores porções dos principais meios de comunicação, podendo deste modo censurar as notícias. Por exemplo, quando os distúrbios de rua assolaram a França em 2008, os sauditas proibíram os meios de comunicação de dizer que os distúrbios eram provocados por muçulmanos, mas sim que eram provocados por “jovens.” Os petro-dólares são hoje usados como a maior fonte do financiamento da islamização.

A Turquia. O movimento Fethullah Gülen (a versão turca da Irmandade Muçulmana) mantém centros culturais espalhados pela Europa (e também EUA e Canadá). O Fetullah Güllen envia clérigos disfarçados como professores da lingua turca. Ele também paga para ministros e pastores cristãos irem à Turquia para verem um país islâmico tolerante, onde cristãos vivem em plena harmonia com o Islão. E esses ministros e pastores retornam falando sobre como a sociedade turca é maravilhosa e como os cristãos são bem tratados por lá. Afinal, 0,3% da população turca é composta de cristãos que ainda estão lá, na maravilhosa Turquia (porém, eles não mencionam que os turcos ocuparam militarmente a região que hoje é a Turquia, e que, a menos de um século atrás, mais de 50% da população da atual Turquia era cristã, tendo a maioria dela sido expulsa ou simplesmente morta). Lembrete: a Turquia é parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), sendo, deste modo, uma “aliada” do ocidente.

O Irã é responsável pelo apoio à comunidade xiíta na Europa. Apesar de restrições impostas ao Irã pelo embargo econômico, o embargo não afeta o relacionamento “religioso” oferecido pelo Irã aos xiítas. O Irã financia o treinamento de clérigos islâmicos, geralmente pessoas locais convertidas, que retornam para os seus países de origem (inclusive no Brasil).                

E, finalmente, deve-se mencionar a rede de “caridade” islâmica financiada pela zakat (algo semelhante ao dízimo cristão, só que usado para jihad link), bem como o financiamento oferecido por bancos que se valem da Sharia Financeira link e o financiamento oriundo de gordas doações de árabes ricos. Fundos como estes sustentam a Irmandade Muçulmana, que possui uma rede ampla e bem organizada de mesquitas, instituições de caridade e organizações islâmicas espalhadas pelo mundo. O objetivo final da Irmandade Muçulmana é o de estender a lei islâmica em toda a Europa e os Estados Unidos.
  

Cartaz da Comunidade Européia celebrando o multiculturalismo: confundindo religião e cultura com regimes politicos [30]


Este processo é reversível?

Eu estou muito pessimista. Eu não acho que este processo seja reversível. Seria preciso uma reviravolta no modo de pensar prevalente na Europa o que eu acho difícil. O que seria capaz de reverter os pensamentos e a linha de ação das elites européias, dos principais partidos politicos, dos burocratas da Comunidade Européia e da grande imprensa? Que fatos podem vir a criar consciência na grande massa nativa européia, que parece estar mais procupada com os confortos da vida presente do que com o futuro da sua civilização, dos seus filhos e netos?

Eu creio ser mais importante que criemos consciência do que está acontecendo, apesar do silêncio da imprensa, para evitar que o mesmo aconteça aqui no Brasil.


E o Brasil?

Temos muita sorte do Brasil ser um país periférico. Mas as garras dos islamismo não têm fronteiras. Lembrem-se que a mais importante tarefa de um muçulmano é em lutar para que o islão governe o mundo todo, através da lei de Alá (a Sharia), e, claro, isso inclui o Brasil.

Deste modo, apesar do Brasil ter sido um alvo menor deste processo, ele está na mira, e os islamistas já estão atuando no Brasil. Vejamos alguns exemplos.  
1. Um video de 2010 da France 24, um canal internacional de notícias, sobre o crescimento do islamismo nas favelas de São Paulo. Veja o vídeo aqui.
 2. Em julho de 2011, a Folha de São Paulo fez uma reportagem sobre um brasileiro convertido ao islã xíita, que estava fazendo treinamento no Irã, tudo subsidiado pelo governo iraniano [31]. Pode-se pensar que isso não é nada de mais, afinal, existem padres brasileiros que estudam no Vaticano, não é mesmo? O problema é a ideologia que o aprendiz de aiatolá quer trazer para o Brasil. Ele é claro, e inclusive afirma ser preciso apedrejamento no Brasil [32]. Vários brasileiros têm seguido o mesmo caminho.
 3.  Veja esta discussão sobre a criação de um estado islâmico no Brasil, ainda que seja um estado dentro do Estado [33].
 4. Você já ouviu falar no Partido Islâmico Brasileiro? Veja a sua plataforma aqui [34].
 5. Leia aqui uma discussão sobre os três meios pelos quais o islã demarca o seu território nos países ocidentais: imigração, conversão e natalidade [35]. Este trecho é parte de um livro escrito por Magno Paganelli (que não lí, mas menciono por questão de copyright) [36]. 


Ícone da “Resistência Islâmica do Brasil, grupo no Maranhão

Os nossos problemas no Brasil são enormes. Mas é importante que criemos consciência sobre o islã, e que ajudemos os outros para tal, de modo a evitarmos pelos menos este problema aqui entre a gente.

Como disse Winston Churchill:

Se você não lutar por aquilo que é o correto quando você pode vencer facilmente e sem derramamento de sangue; se você não lutar quando sua vitória é certa e não muito cara; você pode se ver defronte a um momento no qual você terá que lutar com todas as probabilidades contra você e com apenas uma chance precária de sobrevivência. Pode até haver um caso pior. Você pode ter que lutar quando não há esperança alguma de vitória, porque é melhor morrer do que viver como escravo.

Porque esperar?


Reflexões finais

O primeiro passo para se resolver um problema é reconhecer que ele existe. A falta de dar atenção a um problema não o resolve. Nós temos problemas demais no Brasil. Porque permitir que se crie mais um?

Imagine só. O que vai acontecer quando os traficantes se tornarem muçulmanos? O que vai acontecer quando os políticos começarem a serem corrompidos pelos petro-dólares vendendo facilidades para a islamização do Brasil? Qual vai ser a reação dos tribunais de justiça quando os muçulmanos começarem a pedir facilidades e acomodações? Qual vai ser a reação quando os guetos islâmicos começarem a crescer, intimidando os não-muçulmanos que lá vivem?

Vão aqui duas sugestões:
1. Instrua-se sobre o islã, sobre a lei islâmica e sobre quem foi Maomé. Converse com os outros sobre isso. Repasse os links dos sites que procuraram criar consciência sobre o assunto. Já existem vários em português!

2. Acompanhe o que acontece na Europa, e chame a atenção dos outros para isso.

3. Não se curve, não se renda, não se submeta.


Referências


[1] A morte da Europa que eu amo, Janer Cristaldo, Folha de São Paulo, 26/09/2012.

[2] Islão: O Aniquilador de Civilizações, Bill Warner, 2011 (versão em português).

[3] An Explanatory Memorandum on the General Strategic Goal for the Brotherhood in North America, Mohamed Akram, 1991, The Investigative Project on Terrorism.

[4] The Future of the Global Muslim Population, Projections for 2010-2030. The Pew Forum on religion and public life, Pew Research Center, 2011.


[6] The Next Euro Crisis: Aging Populations, Michael Hodin, Age & Reason, The Fiscal Times, 2012.

[7] The Rise of Islamic No-Go Zones, Mark Tapson, FrontPageMag.com, 2011.


[9] Multiple wives will mean multiple benefits, The Telegraph, 2008.

[10] Europe Goes Halal, Soeren Kern, Gatestone Institute, 2011


[12] British schools drop Holocaust lessons for Muslims, Times 24|7, The Washington Times.

[13] First UK Sharia court up and running in Warwickshire, North Warwickshire News, 2008.


[15] What isn't wrong with Sharia law?, The Guardian, 2010.


[17] Muslim staff escape NHS hygiene rule, Telegraph, 2010.


[19] Master List of Concessions, Concessions to Islam.

[20] Euro-Arab dialogue, MEDEA, European Institute for Research on Mediterranean and Euro-Arab Cooperation, acessado em dezembro de 2012.

[21] Eurabia: The Euro-Arab Axis, Bat Ye’or, 2006, Fairleigh DickinsonUniversity Press.



[24] Men’s Search for Meaning, Viktor E. Frankl, Beacon Press, 2006.

[25] The Innocent Prophet, YouTube, dezembro de 2012.

[26] Deportation Papers Served on Imran Firasat, Gates of Vienna , dezembro 2012.

[27] Terry Jones Banned From the Schengen Area, Gates of Vienna, dezembro 2012.



[30] Europe for all in the 4th stage, John C. Wright’s Journal, outubro de 2012.

[31] Aprendiz de Aiatolá, Folha/UOL, julho de 2011.


[33] Um estado islâmico no Brasil “ainda que seja um estado dentro do Estado.” Blog “Rafiq responde ao Islam”, março de 2012.

[34] Partido Islâmico Brasileiro, Sociedade Islâmica do Maranhão, maio de 2011.

[35] O Avanço do Islã no Ocidente e no Brasil, Magno Paganelli, trecho reproduzido no Blog Genizah, março de 2012.

[36] Islamismo e Apocalipse, Magno Paganelli, Arte Editorial, 2012.

Apêndice

Crescimento populacional dos muçulmanos na Europa Ocidental


Europa Ocidental
Em 1990
Em 2010
Projeção para 2030
Bélgica
2.7%
6.0%
10.2%
Áustria
2.1%
5.7%
9.3%
Suécia
1.7%
4.9%
9.9%
França
1.0%
5.7%
8.5%
Grã Bretanha
2.1%
4.6%
8.2%
Suíça
2.2%
5.7%
8.1%
Holanda
2.3%
5.5%
7.8%
Alemanha
3.2%
5.0%
7.1%
Grécia
2.5%
4.7%
6.9%
Noruega
1.3%
3.0%
6.5%
Italia
1.5%
2.6%
5.4%
Espanha
0.7%
2.3%
3.7%
Irlanda
0.4%
0.9%
2.2%
Finlândia
0.2%
0.8%
1.9%
Mônaco
0.3%
0.5%
0.5%
Portugal
0.1%
0.2%
0.2%
Islândia
menos de 0.1%
menos de 0.1%
menos de 0.1%